Fome de viver...título de um filme de vampiros da década de 80 com Catherine Deneuve e David Bowie e dirigido por Tony Scott, irmão do Ridley, o que dirigiu Blade Runner. Mas a fome de viver da vida real remete a valorizar a vida, a fruir cada instante dela como se fosse o último, a de viver cada dia como se ele fosse único – e de fato o é – e especial.
Acabamos nos distanciando disso e o trabalho, as preocupações, os compromissos, os adiamentos, os planos engavetados, as desculpas pra nós mesmos de que não temos tempo, vão de certa forma nos enchendo e pesando a mala que carregamos no nosso caminho da vida e vamos vestindo roupas sobre roupas e máscaras sobre máscaras, nos perdendo de quem essencialmente somos.
Há que sobretudo desnudar a alma, antes mesmo do corpo. Há que viver, pagar pra ver, tentar, se arriscar, mesmo que o medo esteja presente. Ter coragem não é não ter medo. É ter medo, mas saltar. Estamos vivos. Vivamos então. Nunca é tarde demais.
Arisca
Ela se expande
e se retrai
Pequena, grande
de eu querer mais
Nunca a prevejo
Tão inquieta
que num lampejo
é curva a reta
Em culminâncias
e desmesuras
pleno de ânsias
cubro-a de juras
Mas me escorrega
por entre os dedos
Revela e nega
cada segredo
Tanta surpresa
que me fascina
Quanta beleza
velha e menina
Contraditória
Doida, atrevida
Trevas, luz, glória
Esta é a vida!
Maravilha! Temos de ler esse texto diariamente como um mantra justamente para não deixarmos que o lado B da vida nos engula. Bjs
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