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sábado, 4 de agosto de 2012

O primeiro dos últimos?



A forte carga simbólica dos Jogos Olímpicos no imaginário coletivo é de chamar atenção. Desde a Antiguidade o Homem põe à prova o ideal da força, velocidade e resistência. E os tempos modernos agregaram a isso, visibilidade mundial, pressões comerciais, tecnologia. A celebração maior da excelência.



E excelência implica em autoexigência, expectativas, estresse, frustração. O ouro destinado ao herói, ao melhor entre os melhores é só para um. Honra individual e patriótica em jogo. Países que têm interesse em fazer do bom desempenho esportivo peça de propaganda e autoafirmação política. Na China, crianças com talento potencial são obrigadas pelo governo, mesmo contra a vontade de suas famílias, a ingressar em programas de formação de pequenos atletas.


O esporte é plasticamente algo belo e também emociona, mobiliza, mostra histórias de superação, sacrifícios, mas nem tudo no esporte é glamour. As pressões internas e externas pela infalibilidade que a excelência impõe não raro levam a cenas de inconformismo e desespero de quem quase chegou no cume do Olimpo e não se perdoa pela sua humanidade, que não lhe basta para reinvidicar lugar entre semideuses.


E as lágrimas que rolam molham o rosto e a medalha não acalentada e que pra ele parece nada valer.



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