Importante

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sábado, 29 de julho de 2017

Fibra que fibrila

 
Integral com fibra



Entrega é trégua do espírito armado, um espirro não programado, mergulho no não mapeado, é delivery por livre e espontânea vontade, tá de coração aberto mesmo no que é incerto e sem garantia, é não se dar por fatias e sim de forma integral cheia de fibra, cada célula vibra no efusivo acontecer, entrega não é ceder, é pra valer sem barganha, só se ganha, é sem condições com raras contraindicações, é seguir sem reservas, adicionar finas ervas na culinária extraordinária das paixões, é surfar tufões, emocionar razões, dos atos mais transgressores, abrir janelas e portas, extravasar as comportas, entregas de todo matiz a uma causa, artista ou país, de todas a mais atrevida: ao amor da sua vida

                                                   


                                                     

sábado, 22 de julho de 2017

Vórtice



Ávida


Cinema é cinético dialético motion picture movie se move como a vida que não para quieta direta dileta seta em arco retesado, marco zero, bolero de Ravel, inferno e céu, canto xamã, talismã, jornada pelo tudo e pelo nada, batucada de coração tambor por amor, pulsação embrião flor que nasce e viceja na lama, sonho e drama, tear que urde a trama sempre em movimento, num momento assim no outro assado, vida é dado que rola, sola gasta pela estrada vasta, viola que soa, susto que atordoa, vida é boa é ruim, pierrô arlequim colombina, febris esquinas e o teto da Capela Sistina. É penugem ferrugem, é trovoada, choro com soluço e gargalhada, enigma sem solução, vida é arte, é restart, cada um faz sua parte, uma andorinha no solo não faz verão

                                 
                     

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Poeticamente


Mente. A mente do poeta mente o que ele crê. A gente lê e dá fé mesmo quando é fundo e não dá pé. Ele aborda o mundo e pinta e borda e não é cheque sem fundo, é moleque e profundo e pro fundo nos leva e enleva. A verdade do poeta inquieto esteta é de olhar lúcido pro real e como tal ele desmonta paradigmas e monta tufões bufões e diz e rediz feliz ou infeliz de modos sem medos que só a poesia, essa epifania logra expressar ao espessar o real ou refiná-lo até o talo. Ao mentir suas verdades, seus alardes, ele lapida brutos diamantes, inventa fortuitos amantes e ri de si menestrel trovador inferno e céu, ódio e amor, que a vida tem mais de um viés, muitos ares e rufares de tambor de tenso e manso amor e mesmo que a cabeça se esqueça ainda restam os pés pra caminhar e mãos do gesto presto de acarinhar e escrever.


sábado, 8 de julho de 2017

Lei que manda


Estado grave

Grave isso, gente: a Lei da Gravidade é uma das leis regentes do Universo. Tanto que quando converso com algum prodígio o queixo cai. Por que? A gravidade está lá pra estalar o malar que arria o queixo e nem adianta queixa. O coque da gueixa se não bem preso desaba e a gueixa acaba.

Pessoas, canoas, mares, colares, lares, matas, gravatas, tudo e todos se sujeitam à lei, plebeu ou rei, que sobem quando pulam ou decolam, mas rolam e deitam, pois tudo o que sobe desce, mesmo os elevadores que saindo da terra térreo precisam descer pra poder subir de novo. 


Foguetes, Ícaros, balões, desafiam a gravidade, mas isso não permanece e o balão desce, o avião idem na atração fatal gravitacional orbital sem nem um avo de desagravo. Os anéis de Saturno, o vaso chinês que se desagrega, tudo se rende e se entrega à força inteira que esculpe as cachoeiras e faz da Lua nossa eterna companheira.